sexta-feira, 25 de julho de 2014



Escritor, jornalista, roteirista, professor. Achou muito? O baiano João Ubaldo Ribeiro era, ainda, formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia e membro da Academia Brasileira de Letras.
Ribeiro trabalhou como editor-chefe do jornal Tribuna da Bahia, foi colunista do jornal alemão rankfurter Rundschau e colaborador em publicações nacionais e estrangeiras, como The Times Literary Supplement, na Inglaterra, Jornal de Letras, Portugal, e a Folha de S. Paulo.
Suas obras integram o romance moderno brasileiro e revelam aspectos da cultura nacional, como é o caso da premiada “Sargento Getúlio”, na qual narra a história de um sargento da polícia militar do Sergipe usando diversos elementos e figuras da cultura típica do nordeste. A história tinha tantas características típicas que o próprio autor teve que traduzi-la para o inglês.
Além dessa, “Viva o povo brasileiro” também recebeu o Prêmio Jabuti e ambas constam na lista dos cem melhores romances brasileiros do século.
Diversas de suas obras foram adaptadas para o cinema e a televisão, como “O Sorriso do Lagarto”, apresentada como minissérie na Rede Globo em 1991, “A Casa dos Budas Ditosos” e a própria “Sargento Getúlio”.


O escritor Ariano Suassuna foi uma dos maiores defensores da cultura regional brasileira. Em
suas obras, o escritor que também era dramaturgo e poeta usava os elementos das tradições nordestinas para construir as suas histórias.
Nascido na Paraíba, Suassuna logo foi morar com a família no sertão e teve o pai assassinado por motivos políticos na Revolução de 30, no Rio de Janeiro. Após a fatalidade mudou-se para Recife, onde teve o maior contato com as regionalidades típicas da região.
Com apenas 20 anos o autor já escrevia a peça “Uma Mulher Vestida de Sol”, ganhadora do concurso do Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1955 estreou a peça “Auto da Compadecida”, sua obra máxima, considerada pelo crítico teatral Sábato Magaldi como "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Nela, Suassuna conta a história dos amigos João Grilo e Chicó, que andam pelo sertão propagando A Paixão de Cristo.
A peça foi escrita em formato de auto e dividida em 3 atos, usando diversas figuras de linguagem nordestinas e mesclando elementos dos cordéis. Seu sucesso foi tão grande que, mais tarde, foi adaptada para o cinema e a televisão.
Em 1959, em parceria com o autor Hermilo Borba Filho, fundou no Recife o movimento do Teatro Popular do Nordeste, por meio do qual buscava oferecer produções teatrais de qualidade e encontrar uma forma nordestina de interpretar.
Ariano Suassuna foi membro da Academia Brasileira de Letras.


Rubem Alves foi escritor, educador e teólogo. Seus livros costumavam abordar temas espirituais e existenciais e, além desses, ele também escrevia histórias infantis.
O legado do autor envolve não só as obras literárias, mas também diversos artigos e monografias acadêmicas. Sua tese de doutorado “A Teologia da Esperança Humana”, por exemplo, foi a base do movimento teológico hoje chamado de “Teologia da Libertação”.
Embora tenha nascido em Minas Gerais, Alves se aposentou e morou na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, onde recebeu os títulos de professor-emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e cidadão-honorário de Campinas, além de ter se tornado membro da Academia Campinense de Letras.

Fonte:
UNIVERSIA Brasil. Conheça o legado de Ariano Suassuna, Rubem Alves e João Ubaldo Ribeiro para a cultura brasileira. 2014. Disponível em: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/24/1101188/conheca-legado-ariano-suassuna-rubem-alves-joo-ubaldo-ribeiro-cultura-brasileira.html. Acesso em: 24 jul. 2014.