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Ribeiro trabalhou como editor-chefe do jornal Tribuna da Bahia,
foi colunista do jornal alemão rankfurter Rundschau e colaborador em
publicações nacionais e estrangeiras, como The Times Literary Supplement, na
Inglaterra, Jornal de Letras, Portugal, e a Folha de S. Paulo.
Suas obras integram o romance moderno brasileiro e revelam
aspectos da cultura nacional, como é o caso da premiada “Sargento Getúlio”, na
qual narra a história de um sargento da polícia militar do Sergipe usando
diversos elementos e figuras da cultura típica do nordeste. A história tinha
tantas características típicas que o próprio autor teve que traduzi-la para o
inglês.
Além dessa, “Viva o povo brasileiro” também recebeu o Prêmio
Jabuti e ambas constam na lista dos cem melhores romances brasileiros do
século.
Diversas de suas obras foram adaptadas para o cinema e a
televisão, como “O Sorriso do Lagarto”, apresentada como minissérie na Rede
Globo em 1991, “A Casa dos Budas Ditosos” e a própria “Sargento Getúlio”.
O escritor Ariano Suassuna foi uma dos maiores defensores da
cultura regional brasileira. Em
suas obras, o escritor que também era
dramaturgo e poeta usava os elementos das tradições nordestinas para construir
as suas histórias.
Nascido na Paraíba, Suassuna logo foi morar com a família no
sertão e teve o pai assassinado por motivos políticos na Revolução de 30, no
Rio de Janeiro. Após a fatalidade mudou-se para Recife, onde teve o maior
contato com as regionalidades típicas da região.
Com apenas 20 anos o autor já escrevia a peça “Uma Mulher
Vestida de Sol”, ganhadora do concurso do Teatro do Estudante de Pernambuco. Em
1955 estreou a peça “Auto da Compadecida”, sua obra máxima, considerada pelo
crítico teatral Sábato Magaldi como "o texto mais popular do moderno
teatro brasileiro". Nela, Suassuna conta a história dos amigos João Grilo
e Chicó, que andam pelo sertão propagando A Paixão de Cristo.
A peça foi escrita em formato de auto e dividida em 3 atos,
usando diversas figuras de linguagem nordestinas e mesclando elementos dos
cordéis. Seu sucesso foi tão grande que, mais tarde, foi adaptada para o cinema
e a televisão.
Em 1959, em parceria com o autor Hermilo Borba Filho, fundou
no Recife o movimento do Teatro Popular do Nordeste, por meio do qual buscava
oferecer produções teatrais de qualidade e encontrar uma forma nordestina de
interpretar.
Ariano Suassuna foi membro da Academia Brasileira de Letras.
Rubem Alves foi escritor, educador e teólogo. Seus livros
costumavam abordar temas espirituais e existenciais e, além desses, ele também
escrevia histórias infantis.
O legado do autor envolve não só as obras literárias, mas
também diversos artigos e monografias acadêmicas. Sua tese de doutorado “A
Teologia da Esperança Humana”, por exemplo, foi a base do movimento teológico
hoje chamado de “Teologia da Libertação”.
Embora tenha nascido em Minas Gerais, Alves se aposentou e
morou na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, onde recebeu os títulos
de professor-emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e
cidadão-honorário de Campinas, além de ter se tornado membro da Academia
Campinense de Letras.
Fonte:
UNIVERSIA
Brasil. Conheça o legado de Ariano
Suassuna, Rubem Alves e João Ubaldo Ribeiro para a cultura brasileira.
2014. Disponível em: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2014/07/24/1101188/conheca-legado-ariano-suassuna-rubem-alves-joo-ubaldo-ribeiro-cultura-brasileira.html.
Acesso em: 24 jul. 2014.